JEREMY BENTHAM

JEREMY BENTHAM
"NATURE HAS PLACED MANKIND UNDER THE GOVERNACE OF TWO SOVEREIGN MASTERS, PAIN AND PLEASURE. IT IS FOR THEM ALONE TO POINT OUT WHAT WE OUGHT TO DO, AS WELL AS TO DETERMINE WHAT WE SHOULD DO." (J. Bentham)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

4. TEMA 4. JOHN STUART MILL E O UTILITARISMO

TEMA 4. John Stuart Mill e o Utilitarismo: 

“Utilitarianism”, disponível em:
http://search.4shared.com/postDownload/0Qgt1DRy/O_que__Utilitarismo_-_John_Stu.html
e
 http://www.gutenberg.org/files/11224/11224-h/11224-h.htm


Após ler o texto, envie o seu comentário para ser examinado pelos demais componentes da turma que estuda este assunto. Vc. tem até o dia 04 de fevereiro para realizar esta tarefa.

10 comentários:

  1. John Stuart Mill é o principal representante do empirismo inglês sendo uma de suas principais obras publicadas “Utilitarismo” . Nessa obra Mill defende um conceito de ética que se baseia na consequência final de um ato, ou seja, ele avalia apenas o resultado final de sua ação. Se tal ação gerar uma quantidade de felicidade que supere a dor que ela causa para os demais indivíduos envolvidos na ação, então ela é dita como correta.
    Se formos avaliar essa teoria já veremos que existem grandes limitações, por exemplo, se um menino roubar um homem rico para comprar uma bicicleta para si, o homem rico sentirá pouca dor pois possui muito dinheiro e isso será, até certo ponto, indiferente para ele porém a felicidade do garoto ao comprar sua bicicleta será muito maior. Mas então como saber se isso é realmente correto? Seguindo os conceitos de Mill diríamos que a ação é correta pois a felicidade gerada no final é maior que a dor gerada. Mas isso realmente é válido? Será que a conclusão que chegamos é a correta? Será que essa seria a conclusão que Mill chegaria?
    Acredito que em alguns pontos Mill esta coberto de razão, pois ao avaliarmos o resultado final de uma ação podemos justificar por exemplo a necessidade de se mentir, pois se a mentira evita a dor e não prejudicará nenhum indivíduo, então ela é correta. Mas quando avaliamos mais profundamente cada caso vemos muitas limitações pois como saber qual é o resultado final de algumas ações sendo que alguns resultados podem levar mais tempo e então não teríamos como dizer se foi correto ou não.
    Diria que ao conhecer sobre Mill acabei criando mais pontos de interrogação do que esclarecimentos sobre sua teoria. Apensar dele propor que façamos uma “medição” da felicidade gerado, não acredito que seja tão fácil aplicar esse conceito pois temos casos que envolvem muitas variáveis e que poderiam nos dar resultados falsos se mal executados.
    No entanto, não posso desconsiderar que ele contribuiu para complementar aquilo que Hume e Bentham já traziam em suas obras, porém não acredito que tenha sido suficiente para gerar uma fórmula eficiente que avalie se uma ação é moralmente correta ou não.

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  2. Os utilitaristas vinham explicando a ética com o principio da maximização do bem estar e minimização da dor. Dando ênfase à quantidade, ou seja, independente da ação, sendo ela a mais simples possível, o que interessa eticamente é que ela proporcione prazer.
    Muitos criticaram, com o conceito da busca ao prazer em si mesmo igualaria o homem aos animais. Porém John Stuart Mill refina o conceito utilitarista ao considerar também a qualidade dos prazeres. Para ele, os prazeres da mente são superiores aos prazeres do corpo.
    A qualidade é julgada por ele pelo método empírico, quando entre dois prazeres um for mais agradável a todos (ou quase todos), levando em consideração que todos experimentaram dos dois prazeres. Esse prazer mais agradável é qualitativamente superior ao outro. Ou seja, um só é classificado como superior quando os dois são testados.
    Outra critica ao utilitarismo, seria que a busca do prazer como forma de felicidade seria impossível. No entanto, para Mill a ética utilitarista não é só a maximização do bem estar, mas também a minimização da dor. Além de que para ele a felicidade era uma vida com momentos de prazer, tais prazeres serem variados, com alguns poucos momentos de dor; o segredo da felicidade está em não esperar da vida mais do que ela tem a oferecer.
    Na época, muitos consideravam como virtude a privação da própria felicidade. No principio utilitarista, essa recusa da própria felicidade só é justificável se ela for pela felicidade do próximo. É sem sentido a honra do sacrifício só pelo sacrifício.
    Mas na verdade, a maioria das pessoas não praticam o bem pensando no mundo ou no melhor da sociedade, mas pensam sim bem dos indivíduos mais próximos que compõe a sociedade. Nesse contexto, o pensamento do homem virtuoso não precisa ultrapassa o individuo particularmente.
    A grande contribuição de Mill ao utilitarismo foi em dizer que tanto os prazeres quanto a dor não são homogêneas. Os prazeres relacionados a mente são geralmente preferíveis aos prazeres corpóreos.

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  3. No texto de Mill ele explica basicamente o que seria a proposta utilitarista ao pensar a moral a partir do princípio da utilidade ou felicidade. Ele irá contrapor algumas contestações já feitas ao utilitarismo.
    O primeiro esclarecimento de Mill é em relação às críticas feitas aos epicuristas de que o princípio de prazer e felicidade colocaria os humanos ao lado dos suínos, para Mill isso seria válido apenas se se admitisse que os prazeres dos humanos são igualmente sentidos pelos suínos, porém como a humanidade possui maior condição intelectual, tem prazer e vê utilidade em coisas completamente distintas das dos suínos.
    Os prazeres mentais seriam superiores aos prazeres corporais e obviamente não são todos os prazeres que possuem mesmo valor, para comparar e distinguir olha-se para o julgamento feito por aqueles habilitados a julgarem tais prazeres (ou seja, aqueles que já os tiveram). Para aqueles que escolhem prazeres reconhecidamente inferiores, algumas razões são apontadas por Mill. Além do mais, o prazer preferível não diz respeito apenas ao agente, mas a um conjunto, sociedade etc.
    Outra crítica ao utilitarismo que Mill visa esclarecer é aquela que diz que ao buscar a felicidade os utilitaristas encontram-se equivocados uma vez que a felicidade é inalcançável, resumidamente o caminho apontado é que além da busca da felicidade o utilitarismo de baseia pela fuga da infelicidade, o que é inegavelmente possível e desejado. Outra coisa importante é a distinção de uma felicidade momentânea e uma felicidade duradoura permeada de felicidade momentânea. Por fim, a busca da felicidade coletiva deve ser buscada pelos indivíduos que por esse ideal por vezes escolhem menores felicidades em função dos outros.
    O sacrifício não é um bem em si mesmo, mas sim quando visa a busca da felicidade de todos e de si, ou seja, visa aumentar a soma total de felicidade. Por isso, Mill enfatiza que a felicidade defendida pelos utilitaristas como referencial do que é certo na conduta não é a do próprio agente, porém a de todos os envolvidos, com isso ele aproxima a máxima utilitarista da máxima defendida pela moral cristã: fazer aos outros o que gostaria que lhe fizessem e amar o próximo como a si mesmo.
    Um outro ponto interessante do texto é o argumento de Mill a respeito daqueles que julgam a ética utilitarista como uma ética sem Deus. Para o utilitarismo, as normas éticas não são regidas por transcendência, no entanto, não excluem a religiosidade. Parte do princípio que as criaturas foram feitas por Deus para serem felizes e as normas morais reveladas são uma indicação para que os homens buscassem a maior felicidade.
    O fato de que não se haveria tempo de calcular e pesar a utilidade das ações antes de praticá-las é derrubada por Mill. Para ele, esse cálculo já vem sendo feito ao longo da história da espécie humana de forma que não é preciso calculo para sabermos que o roubo e o furto levam à dor. Sendo assim, o cálculo da utilidade não é feito durante a ação, mas sim anteriormente, ao adotar as normas morais.

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  4. A partir da leitura do livro "Utillitarianism" publicado pelo autor John Stuart Mill, e consequente análise da proposta utilitarista associada ao mesmo, e ainda mais, a partir da discussão em sala de casos que mostraram-se bastante interessantes e bem práticos, já que é possível visualizar como a teoria proposta pelo autor, e não somente por Mill, mas também pelos outros autores aqui estudados na disciplina, percebe-se que pela concepção de Mill, diferentemente dos outros autores, pelo menos sob o meu ponto de vista, o mesmo trata as ações morais como algo "egoísta", uma vez que tenta-se medir o quão de felicidade ou o quão de dor essa mesma ação gera para diferentes indivíduos, e somente a partir do balanço dessas medidas sob diferentes pontos de vista é possível saber se a ação é eticamente correta ou não.
    Mill mostra que existem dois tipos de prazeres humanos, o prazer intelectual e o prazer físico, consequentemente, o autor discute que o prazer intelectual é o maior dos prazeres, pois é este que gera menos infelicidade, ou seja, é este que gera menos dor para o indivíduo praticante da ação, dado que esses prazeres corporais são momentâneos e logo essa sensação passará, assim Mill consegue mostrar que as diferentes formas de prazer podem ser avaliadas e possuir diferentes valores. Mesmo assim, o autor não desmerece um prazer quando comparado com o outro, e isto é facilmente obsevado quando ele escreve: "Portanto, quando esses sentimentos e julgamentos declaram que os prazeres derivados das faculdades superiores são preferíveis em espécie - abstraindo a questão da intensidade - aos prazeres de que é suscetível a natureza animal, isolada das faculdades superiores eles têm direito, nesse assunto, à mesma atenção."
    Dessa forma o autor consegue mostrar que a partir da existência de diferentes tipos de prazer para diferentes ações, e que a partir da existência de valores para ações a premissa que a felicidade é algo tido como inalcançável é válida, uma vez que uma ação pode ser mais prazerosa que outra, e que mesmo que você conheça muitas ações e tenha uma como preferida você não pode julgar ela como a que possui maior valor, dado que você não conhece todas e dessa forma não é possível a formação de uma opinião imparcial sobre essa desconhecida.
    Uma outra questão estudada pelo autor que se mostra bastante simpática é o fato de que o autor não exclui a religiosidade da ética utilitarista, citando que a religião é uma cultura baseada no fato de que as criaturas criadas por Deus foram criadas para buscar a felicidade, e que as mesmas seguem normas morais que sempre visam a maior felicidade, questão facilmente observada também quando o autor cita a seguinte passagem: "No preceito de ouro de Jesus de Nazaré encontramos todo o espírito da ética da utilidade. Fazer aos outros o que gostaria que lhes fizessem e amar ao próximo como a si mesmo constituem a perfeição ideal da moralidade utilitarista." Nessa passagem fica claro também que mesmo as ações morais sendo um pouco "egoístas", elas também visam a felicidade do próximo já que - como visto nos outros autores também - a felicidade alheia de alguma forma também gera a felicidade do indivíduo praticante.
    Tendo tudo isso em mente e principalmente com a última passagem citada fica claro que os seres sempre buscam a felicidade, seja ela de qual modo for, mas que para isso as ações por eles praticadas não são anteriormente estudadas para saber qual atitude tomar para que o prazer seja maior, uma vez que não há tempo hábil para se analisar cada uma e saber qual atitude tomar. Um exemplo que torna isso bem claro é a ética contida na religião, sendo exemplificada pelo próprio autor que cita que não há tempo suficiente para se consultar o Antigo ou o Novo Testamento para saber o que fazer, o que implica ainda mais que a busca da felicidade é algo de caráter da natureza humana.

    João Paulo Cralcev Castelão

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  5. Devemos analisar a teoria de Mill partindo do princípio de que o utilitarismo é uma espécie de ética com consequências, isto é, a atitude de um individuo considerada moralmente certa, será aquela que vai proporcionar felicidade, ou sua maximização. Esse conceito é imparcial, ou seja, sua felicidade não está diretamente ligada a felicidade de outrem, pelo contrário, ela não é maior ou melhor que a felicidade de outro individuo.
    O princípio básico dos utilitaristas é central no entendimento da moral. Para Mill, a felicidade consiste no prazer e na ausência de dor. O prazer pode ser mais ou menos intenso e mais ou menos duradouro. Mas a novidade de Mill está em dizer que há prazeres superiores e inferiores, o que significa que há prazeres intrinsecamente melhores do que outros.
    Na concepção utilitarista, o conceito de útil aparece como critério da moralidade. Como afirma Dussel: “o utilitarismo é sumamente complexo e contém pelo menos quatro dimensões: um momento do prazer, um momento de utilidade ou critério de eficácia da ação como boa enquanto cumprimento de um meio para um fim, um momento de consequências e um efeito social”.
    Há de se destacar que o racionalismo é um dos pilares do utilitarismo. Isso quer dizer que a ação moral é calculada, levando-se em conta as consequências desses atos e os impactos que ele pode causa – por isso uma espécie de ética com consequências.
    Para finalizar, vale ressaltar o valor altruísta como maneira de transpor o egoísmo em busca da felicidade. O autor demonstra que existe uma hierarquia nos prazeres (advindos da felicidade), sendo que aqueles bens que servem à humanidade são ditos superiores.

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  6. John Stuart Mill foi também um defensor da ética utilitarista, seguindo os passos de Jeremy Bentham. E dando continuidade ao estudo sobre a moral e ética já abordado em aulas anteriores podemos avaliar a partir de agora a visão utilitarista de Mill sobre esse assunto.
    John Stuart Mill procura mostrar de forma mais refinada e aprimorando algumas ideias já antes exprimidas por seus antecessores que o utilitarismo não é apenas um calculo egoísta e frio. Para o utilitarismo de John Stuart Mill devemos sempre perseguir nossa felicidade, porém não apenas a nossa, mas também garantir o bem estar de todos aqueles que serão afetados pelas nossas condutas, isto é, quando nossas ações fazem bem as pessoas a nossa volta, isso aumenta a felicidade total. Por isso, praticar atos que satisfazem unicamente nossos prazerem e prejudicam outros indivíduos ou objetos é um ato imoral. John Stuart Mill procura ressaltar a qualidade do bem-estar e não apenas a quantidade, enfatizando que existem prazeres que são valiosos que outros.
    Segundo Mill uma ação deve ser julgada pelas suas consequências, isto é, se a consequência for boa a ação é boa, se for ruim a ação é má. E como já dito anteriormente, uma ação sera boa se gerar um prazer para um maior numero de indivíduos afetados, logo não existem ações particularmente boas, só as suas consequências é que terminam isso. Então matar ou roubar não necessariamente são ruim, pois dependem do resultado da ação.

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  7. Mill acredita que embora o termo utilidade já tenha sido inventada, ele foi quem pôs pela primeira vez em circulação.
    Ter a utilidade como fundamento da moral é dizer que ações que são corretas são aquelas que promovem a felicidade e as erradas, aquelas que produzem infelicidade. O prazer e a ausencia de dor [felidicade] é o fim pretendido por esse sistema moral, falar assim não limita os desejos, mas quer dizer que todas essas coisas desejavéis é baseada no quanto de prazer pode se obter.

    De dois prazeres, escolhemos aquele que mais nos traria prazer, aquele preferido por todos ou pela maioria, "independente de qualquer sentimento ou obrigação moral". A escolha é pelos prazeres relacionados com as suas faculdade mais elevadas, como no exemplo do texto, nenhuma pessoa gostaria de ser um tolo, ou uma pessoa instruída iria querer ser um néscio, portanto um ser dotado de faculdades superiores tem uma exigencia maior para ser feliz, porém em contrapartida corre o risco de sofrimentos mais agudos.

    A felididade no utilitarismo, ela não é buscada pelo maior prazer do próprio agente mas sim, da soma da felicidade conjunta. É nessa ideia que se baseia o Principio da Maior Felicidade. O fim ultimo desse principio que faz com que as coisas sejam desejáveis, é tentar viver sem a dor o quanto menor possível poderia ser e com o máximo possível de prazer ou deleite, seja tanto em termos de quantidade quanto em termos de qualidade.

    A moral utilitarista entende o fato dos seres humanos poder sacrificar algo pelo o outro, mas não concorda que o sacrificio em si mesmo seja algo bom, o sacrificio que não aumenta a felicidade do conjunto, para os utilitaristas é um desperdicio.

    Para que se chegue mais próximo do ideal da moralidade utilitarista, mill recomenda alguns meios: as leis deveriam colocar em harmonia o máximo possível a felicidade [ou interesse] de cada individuo e os interesses de todos e o outro meio sugerido é que a educação seja para influenciar a associação indissolúvel entre a felicidade do próprio individuo e o bem comum, desse modo as pessoas não pensariam mais que existe uma incoerência entre a sua felicidade e o bem comum.

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  8. Ainda mais clara e incisivamente, Stuard Mill em sua obra Utilitarismo tratara das questões éticas trazendo a tona a felicidade, mostrando como a visão utilitarista prioriza a felicidade, e a ausência de dor como a coisa mais importante para se iniciar a fazer juízos de valor.

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  9. John Stuart Mill procura argumentar que qualquer tentativa de fundar a moral em princípios absolutos é falha. Mill é utilitarista, tal como Bentham e Hume, e sua argumentação sobre o principio moral das ações que tomamos recorre a ideia de utilidade da ação e consequentemente, da felicidade que elas proporcionam.
    Mill compara e dá diferentes valores as ações que nos proporcionam prazer. Ações que proporcionam prazeres mentais ( e sentimentos tais como amor e amizade) possuiriam então valor maior que ações que proporcionam prazeres corporais, que são denominados como prazeres inferiores (e os mentais como superiores). Ao buscar tais felicidades, o ser humano também foge das infelicidades, logo mesmo que se argumente que a felicidade total é inalcançável, ainda sim a infelicidade não será alcançada. Dessa forma, todas as ações que realizamos são ações em busca da felicidade.
    Outra distinção adotada por Mill é de que as felicidades podem ser momentâneas, e assim, acabar em pouco tempo, ou duradouras, mais longas, ainda que possuam nela felicidades menores momentâneas. Uma felicidade buscada pelo coletivo, por sua vez, pode ser feita de escolhas que deem primazia a felicidades menores, se isso significar o bem de todos. Isso inclui, por exemplo, o sacrifício pelo bem de todos. Nesses casos, o bem acaba sendo de todos, mesmo que um individuo não encontre felicidade. Ainda sim, a felicidade que o coletivo busca é a felicidade de todos, portanto suas ações são voltadas sempre na busca da felicidade para todos os indivíduos, sem causar mal a nenhum. Assim sendo, se todos agem dessa forma, as ações consideradas ruins não são executadas por ninguém na comunidade, formando um código moral, por assim dizer. As ações moralmente boas são, portanto, as que são uteis e buscam a felicidade.

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  10. Mill despreza os críticos que enxergam o utilitarismo como uma mera busca por prazeres imediatos, pois, estes banalizam e mal interpretam a doutrina utilitarista.
    O princípio de utilidade julga que uma ação é boa quando esta traz felicidade (prazer) e não dor. O que ele quer mostrar é que o fim da vida humana é o alcance da felicidade através do prazer, e que isto pode servir de base para firmar princípios morais.
    Segundo Mill, todo ser humano é predisposto a ter uma preocupação política com a comunidade.Isto não significa, no entanto, que o indivíduo sempre dará prioridade ao bem alheio ao invés do bem individual, apenas que fazer o bem ao próximo lhe proporciona aumento da felicidade, portanto, "vale a pena" ajudar as pessoas.
    É interessante também observar que para Mill a felicidade não se trata apenas de um bem quantitativo, mas também qualitativo (há níveis de prazer), caso contrário poderíamos facilmente ser comparados com porcos que segundo ele também vivem sob a regra "mais prazer e menos dor".

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